Uma
solenidade com a presença do prefeito Roque Montagner, da secretária de Turismo
Denise Lisoski e da coordenadora do Centro de Cultura Sobrado da Praça Mara
Rangel, marcou a abertura oficial de uma exposição itinerante sobre a vida e
obra do escritor brasileiro Mario Quintana. A história é contada em 14 banners
que retratam a vida e trechos de trabalhos do poeta gaúcho. Cíntia Sartori
representou o SESC, entidade promotora do evento em parceria com a Prefeitura
Municipal. A exposição ficará a disposição da população gabrielense até o dia
15 de agosto no Centro de Cultura Sobrado da Praça.
Mário Quintana
nasceu em Alegrete e mudou-se em 1919 para Porto Alegre, onde estudou no
Colégio Militar e publicou suas primeiras produções literárias. Trabalhou para
a Editora Globo e depois na farmácia de propriedade da família. Considerado o
"poeta das coisas simples", com um estilo marcado pela ironia,
profundidade e perfeição técnica, trabalhou como jornalista quase toda a sua
vida. Traduziu mais de 130 obras da literatura universal, entre elas Em Busca
do Tempo Perdido de Marcel Proust, Mrs Dalloway de Virginia Woolf, e Palavras e
Sangue, de Giovanni Papini.
Em 1953,
Quintana trabalhou no jornal Correio do Povo, como colunista da página de
cultura, com circulação aos sábados, e em 1977 saiu do jornal. Em 1940, ele
lançou o seu primeiro livro de poesias, A Rua dos Cataventos, iniciando assim
sua carreira como poeta, escritor e autor infantil. Em 1966, foi publicada
Antologia Poética, com sessenta poemas, organizada por Rubem Braga e Paulo
Mendes Campos, lançada para comemorar seus sessenta anos de idade, sendo por esta
razão o poeta saudado na Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e
Manuel Bandeira, que recita o poema Quintanares, de sua autoria, em homenagem
ao colega gaúcho.
No mesmo ano
ganhou o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira de Escritores de melhor
livro do ano. Em 1976, ao completar setenta anos, recebeu a medalha Negrinho do
Pastoreio do governo do estado do Rio Grande do Sul. Em 1980 recebeu o prêmio
Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra.
Texto:
Márcio Vaqueiro/Foto: Letícia Leão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário